terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

De Patinho Feio a Princesa


« MERECEM SER VISTAS

As únicas atrizes que, no momento, andam escapando do padrão convencional de interpretação de novelas são Débora Duarte e Irene Ravache em O Profeta. Parecem gente, são plenamente divertidas e dão até a impressão de que não apenas recitam seus papéis, mas gostam do que estão fazendo.

Uma atitude bastante coerente de Débora, que foi a nossa primeira mocinha telenovelesca antimártir no antológico Beto Rockefeller de priscas eras. Irene nunca, porém, tinha tido a chance de mostrar seu solto estilo de comediante brasileira em novelas, só provara este seu talento em teatro. Em TV, sempre ficava formal.

Merecem, por isso, ser vistas pelo público e por quem anda nivelando, reprimindo e mumificando os outros atores brasileiros.
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Jornal/Revista: Jornal do Brasil
Data de Publicação: 12.04.1978
Fonte: Site TV Pesquisa


Na primeira fotografia, Débora Duarte com Carlos Augusto Strazzer,
Elaine Cristina e Glauce Graieb, e na segunda, Irene Ravache,
todos integrantes do elenco de "O Profeta".



O Profeta vem aí!

Às 20 horas do dia 24 de Outubro de 1977, estreava, na TV Tupi, o grande sucesso "O Profeta", novela de Ivani Ribeiro, com direção de Antonino Seabra e Álvaro Fugulin, a qual seria exibida até ao dia 29 de Abril de 1978.

A novela foi anunciada com pompa!


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Com o objetivo de repetir o mesmo sucesso que fez "A Viagem", de Ivani Ribeiro, a Rede Tupi de São Paulo está preparando a todo o vapor sua próxima novela das 8 da noite, onde a famosa autora vai retratar um tema idêntico ao da sua obra anterior: os fenômenos do além.

(...)

Sem intenção de criar polêmica sobre o assunto, Ivani Ribeiro pretende mostrar ao público que o homem está cada vez mais afastado de Deus e, à medida que a tecnologia moderna avança, mais ele se sente só e inseguro. (...)
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Débora Duarte no elenco: o regresso à Tupi!


A última novela que Débora havia feito na Rede Tupi era "Toninho on The Rocks", em 1970. Depois disso, passou pela Rede Record, onde fez, em 1971, "Editora Mayo, Bom Dia" e, logo em seguida, estrelou seis novelas seguidas na Rede Globo: "Bicho do Mato" (1972), "A Patota" (1972), "Carinhoso" (1973), "O Espigão" (1974), "Escalada" (1975) e "Pecado Capital" (1975).

Sete anos depois, Débora volta, então, à casa que a vira nascer como atriz, ainda nos anos 50, para dar vida a mais uma das suas personagens antológicas da história da teledramaturgia brasileira, a engraçada e sonhadora Carola, personagem que vai viver uma grande transformação no decorrer da trama...



O sucesso foi enorme!

As muitas capas de revista da época, dando destaque a Débora e a Carlos Augusto Strazzer (que interpretou Daniel, o profeta, e eterno amor de Carola), são disso testemunho.

Eis alguns exemplos:






O final ansiado pelo público!


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Depois de acompanhar durante seis meses todos os emocionantes lances de "O Profeta", o fiel público finalmente assistirá ao feliz desfecho do mais badalado casal da história: Carola (Débora Duarte) e Daniel (Carlos Augusto Strazzer) ficam juntos para sempre!

E o mais comovedor de tudo: a união dos dois é a maior prova de amor e esperança da novela, pois mostra que as pessoas sinceras, honestas e verdadeiramente apaixonadas podem alcançar a felicidade se não abrirem mão de seus sonhos, por mais distantes que eles sejam.


A PRINCÍPIO, CAROLA LUTA EM SILÊNCIO POR SEU AMOR

E esse foi o caso de Carola, que desde o início da novela lutou em silêncio para conquistar o coração de Daniel. Mas, apesar de loucamente apaixonada por Daniel - quem não se lembra? - Carola tinha Ruth (Glauce Graieb) no caminho. Ruth, sua irmã, era noiva do rapaz.

Fora isso, Carola possuía sérios grilos por ser gordinha e se sentir rejeitada até mesmo por sua própria mãe, Maria Luísa (Márcia de Windsor).
Em seu desespero de garota mal-amada, que vê seu primeiro amor sem perspectivas de um futuro feliz, Carola passou por uma fase de fossas incríveis que sempre terminavam em pilequinhos.

Depois de algum tempo, porém, Daniel rompe seu noivado com Ruth, alimentando uma leve esperança no coração de Carola.
Mas a doce ilusão dura pouco: a garota logo sabe que Daniel está apaixonado por Sônia (Elaine Cristina) e que desmanchara com Ruth para ficar com seu novo amor.

Para espanto geral, Sônia era noiva do melhor amigo do profeta, o Murilo (Walter Prado). E Daniel teve de se contentar com raros e furtivos encontros com a garota.
Esse romance "clandestino" com Sônia abala muito a frágil estrutura de Carola e, quando Murilo morreu pouco antes de se casar, nova onda de tristeza se abate sobre o "patinho feio". Tudo indicava que suas esperanças de um dia conquistar Daniel morriam junto com Murilo, já que Sônia, livre de compromisso, na certa responderia ao amor do profeta.


AMOR E DEDICAÇÃO DA GAROTA VENCEM TODAS AS BARREIRAS

Para alegria de Carola e do público, porém, Sônia mostra que não estava tão apaixonada por Daniel, o que faz o rapaz sofrer muito ou até mais que a própria Carola. Acontece que Sônia aceita o pedido de casamento de Heitor (John Herbert), um homem mais velho que ela.

Dessa forma, sem Ruth e sem o amor de Sônia, Daniel começa a sentir falta do carinho e do amor de uma mulher que o compreenda completamente e que seja sua fiel companheira.
No fundo, Daniel estava à procura da mulher dos seus sonhos.

Foi então que o profeta começa a descobrir a verdadeira mulher que sempre existiu por trás do jeito rebelde e agressivo de Carola. E constata que a única amiga que nunca o havia abandonado nos momentos críticos da sua vida tinha sido justamente ela.
E quando a garota simula que está namorando outro rapaz, Daniel percebe que os seus sentimentos por ela não são apenas de amizade. O sentimento que o une à garota é muito mais do que isso: é o doce sentimento do amor que finalmente os leva a se completarem e se amarem para sempre....
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