sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Velhos Amigos







Em Maio de 1974, Débora e o cantor da Jovem Guarda, Jerry Adriani, reencontram-se, por intermédio da revista "Sétimo Céu", e mandam recadinhos de amizade recíprocos:



"A vida agitada que levam e os muitos compromissos faziam com que eles ficassem separados bastante tempo, sem trocar ao menos um olá. Mas, aqui, revelam como encontraram uma solução para acabar de vez com as saudades que sentiam."



"Na primeira chance que tiveram de se encontrar, os dois muniram-se de caneta, papel, gravador e mandaram brasa. Primeiro foi Jerry quem redigiu e gravou o que queria dizer a Débora. Depois foi a vez dela fazer o mesmo. Quando ambos terminaram, cada um guardou o bilhete e a fita que lhe cabiam e pronto, estava resolvido o problema."



terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Livro de Débora



Revista "Manchete", 1987



Os muitos admiradores de Débora anseiam por uma reedição acrescentada deste livro!
Urge tornar tão extraordinária Poesia acessível, finalmente, a todos, porque ela é, sem dúvida, um marco da cultura e das letras brasileiras.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"Chama a Lu de Beto Rockfeller!"

...Foi assim que Débora, que acabara de fazer um enorme sucesso com a sua rebelde Lu da antológica novela "Beto Rockfeller" (Rede Tupi, 1968/1969), foi convidada a fazer testes para a produção franco-italiana "Céleste", acabando por ser a escolhida.

Depois de muito resistir em ir para França, Débora acabou por embarcar nas "aventures d'une bonne portugaise à Paris".

1970. Débora tinha, então, a sua estreia cinematográfica, aos 20 anos, como protagonista de um filme francês, com realização de Michel Gast. O elenco continha ainda estrelas da época como Jean Rocheford e Lea Massari.

Débora é Céleste, uma bela jovem portuguesa, idealista, corajosa e determinada, partidária do marxismo-leninismo, que chega a Paris fugindo da PIDE - a polícia política portuguesa. Para sobreviver, acaba por se empregar na casa do jornalista televisivo Georges Cazenave (Jean Rocheford), que rapidamente, e apesar de comprometido com Hélène (Lea Massari), se vai render aos encantos dela e apaixonar-se perdidamente... Ambos se entregam à paixão, mas as aventuras políticas acabarão por desviar os seus caminhos...



A capa do VHS do filme, hoje uma raridade de colecionador.


Débora fala um francês exímio no filme, havendo ainda momentos em que nos brinda com o seu idioma materno.

Débora incendeia a grande tela...

O seu sucesso foi tão estrondoso, a crítica francesa ao seu desempenho tão extraordinária, que fortes foram as insistências para que ficasse na França, com empresários franceses e tudo o que fosse preciso para o lançamento da sua muito promissora carreira internacional!

"Nunca desejei isso para mim". Débora voltou, com os seus veteranos 20 anos, para as telas e para os palcos do seu Brasil.
Ainda no mesmo ano, 1970, já estava estrelando a nova novela da Rede Tupi, "Toninho on The Rocks", como Anita, em parceria romântica com o seu futuro marido, Antônio Marcos, na pele de Toninho...


♦ Mais informações sobre o filme (ficha técnica, artística e sinopse) no site da Cinémathèque Française .

♦ O filme "Céleste" pode ser adquirido no site Price Minister .

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A Paixão de Teresa

"Canavial de Paixões" foi exibida no SBT, em 118 capítulos, de 13 de Outubro de 2003 a 23 de Março de 2004, às 20.30h.
Adaptada do formato original mexicano, produzido em 1996, com texto de Caridad Bravo Adams, a tradução para português coube a Henrique Zambelli e Simoni Boer e a supervisão de texto a Ecila Pedroso.
Com direção de Jacques Lagoa e Cláudio Callao, direção geral de Henrique Martins, núcleo de Daniel Scherer e direção geral de teledramaturgia de David Grinberg, a telenovela "Canavial de Paixões" foi um dos maiores sucessos de sempre da emissora, o que se refletiu na audiência, chegando a atingir a surpreendente marca de 21 pontos contra 30 da Rede Globo.
Foi reprisada, em 105 capítulos, de 24 de Outubro de 2005 a 17 de Março de 2006.

A trama gira em torno da personagem de Débora, Teresa Giácomo, uma mulher intensa, apaixonada e amargurada, que vive profundamente marcada pelos casos extraconjugais do marido, Antenor (Vítor Fasano), nomeadamente com Débora Feberman (Cláudia Ohana), e pela rejeição do romance do seu filho Paulo (Gustavo Haddad) com Clara (Bianca Castanho), filha daquela.



Teresa Giácomo, na magistral interpretação de Débora.




Teresa (Débora Duarte) e Clara (Bianca Castanho) confrontando-se.




Teresa
(Débora Duarte) acalmando a briga entre o seu filho Paulo (Gustavo Haddad) e o primo deste, Guilherme (Sidney Sampaio).


Mas nada melhor do que ouvir a própria Débora falando de Teresa!


Eis duas reportagens da época:


« DÉBORA DUARTE VOLTA À CENA DE CASA E VISUAL NOVOS

De bem com a vida e mais magra, graças a uma recente cirurgia de redução do estômago, a atriz será destaque na próxima novela do SBT.
Débora Duarte dispensa apresentações. De casa nova, dá vida à amarga Teresa, de Canavial de Paixões, novela prevista para estrear em Outubro no SBT. Apesar de a trama ainda não ter entrado no ar, a atriz já defende com unhas e dentes sua personagem. "Ela não é a vilã, não é má, é apenas infeliz", justifica a atriz, que não mudou só de canal: seu visual também está repaginado. Débora desfila pela tevê mais magra e feliz. "Estou vivendo uma fase maravilhosa. Sinto como se tivesse deixado de lado uma irmã chata que ficou no meio do caminho", diz a atriz, taxativa quando o assunto é dieta (ou operação), o verdadeiro motivo por ter emagrecido tanto. "Não me interessa ficar falando." Sabe-se que Débora se submeteu recentemente a uma cirurgia de redução de estômago.
Ela conta que sua personagem, a Teresa, será uma mulher determinada, romântica e um pouco triste. "Justamente por ser romântica e não ser tão bem-sucedida nesse sentido. Ela se torna descrente e amarga." Quanto à interpretação de um texto mexicano (adaptado para o público brasileiro por Ecila Pedroso), Débora é novamente incisiva. "Não tenho muito o que achar. Me chamaram para fazer essa novela, gosto do personagem, acredito que dá para fazer um belíssimo trabalho e vou fazê-lo com todo meu amor. Acho que o elenco é muito talentoso, que a novela é boa e deve ser feita sem pudor, pra valer."
Por conta das gravações, Débora teve de se mudar provisoriamente para São Paulo. Afirma estar adorando voltar à cidade onde foi criada. Confessa, no entanto, que tem saudade da sua casa no Rio e das sete cachorras. Pretende, nos fins de semana, dar um pulinho por lá, para "dar beijos em todo mundo e conferir se a casa não caiu".
Daniela e Paloma - Enquanto a mãe ganha destaque na trama do SBT, a filha Paloma Duarte continua esbanjando talento na concorrente, com Marina, em Mulheres Apaixonadas. Mas engana-se quem acredita que mãe e filha "trocam figurinhas" sobre trabalho. "Isso não acontece. Cada uma tem seu estilo, seu critério. A gente só se parabeniza, mas nunca interferimos na formação do trabalho da outra. Também, ela nunca precisou." Débora aproveita para explicar que a relação com Paloma é baseada em muita cumplicidade. "A gente se ama e compartilha a vida. Eu também tenho outra filha, a Daniela Duarte, que estrelou três peças de teatro, fez um filme que ganhou um prêmio em Gramado e produz peças. Eu e a Paloma compartilhamos com Daniela tudo o que ocorre, mas ela também não pede palpite, não." Sobre o namoro de Paloma com o cantor e compositor Oswaldo Montenegro, Débora garante que não se intromete também. "O namorado é dela e eu confio muito na minha filha." »

Jornal: O Estado de São Paulo
Data de Publicação: 21.09.2003
Autor: Fabiane Bernardi
Fonte: Site TV Pesquisa





David Grinberg, diretor de teledramaturgia do SBT, recebendo Débora, em Julho de 2003, na sua visita à sede da emissora, em São Paulo, na Anhangüera, durante as negociações para a sua entrada na nova novela, "Canavial de Paixões". Por essa altura, Débora estrelava, em São Paulo, a peça "Com a Pulga Atrás da Orelha", no Teatro Procópio Ferreira.




Momentos dos bastidores das primeiras gravações:
o texto e o diretor, Jacques Lagoa.




O sorriso e o brilho de Débora.




Débora com outros atores do elenco, nos bastidores das primeiras gravações.




Débora com os colegas Cláudia Ohana, Jandir Ferrari e Vítor Fasano.




A força de um olhar.



«“TROCAR DE EMISSORA É NORMAL”

Uma das principais atrizes brasileiras e contratada da Rede Globo durante muitos anos, Débora Duarte será uma das protagonistas de Canavial de Paixões.
Ela viverá Teresa Giácomo, esposa de Victor Fasano. Débora falou a Gente sobre a carreira e a mudança de emissora.
- Como é ir para outra emissora?
- Não vejo problema em ir de uma emissora para outra. Acho perfeitamente normal e profissional. Recebi o convite no fimde julho, quando terminou meu contrato com a Globo. Aceitei, pois não tinha nada em vista lá.
- O SBT não tem tradição em telenovela.
- Por isso acho maravilhosa a disposição que a emissora está tendo com esta produção. Existe uma necessidade, uma urgência em abrir frentes de trabalho para os atores. Não se pode achar que trabalho bom em novela só pode ser na Globo.
- Sentiu diferença na interpretação de um texto mexicano, adaptado ao público brasileiro por Ecila Pedroso?
- Davi Grinberg (diretor-geral do núcleo de teledramaturgia) me chamou para fazer a novela, eu aceitei e vou fazer com muito amor. O elenco é muito bom, e acredito que poderemos fazer um belíssimo trabalho sem pudor.
- Como é a sua personagem?
- Farei a personagem central da novela, a matriarca da família dona da usina. Uma mulher forte, determinada e romântica, mas também muito amarga por não ter tido sucesso no amor. Será um papel intenso do começo ao fim da trama.
- Você se submeteu a uma cirurgia de redução de estômago, e esta será sua estréia com a nova forma física.
- Não quero falar sobre meu peso. Isso não faz diferença na interpretação.
»

Revista: ISTO É - Gente
Data de Publicação: 09.10.2003
Autor: Mayra Stachuk
Fonte: Site TV Pesquisa





Dia 7 de Outubro de 2003, dia da apresentação da novela à imprensa. Débora e restante elenco são surpreendidos, ao chegarem à cidade cenográfica, com uma barraquinha de pastéis! Débora e Óscar Magrini, na foto, não perderam tempo e foram os primeiros a deliciarem-se...




O encanto de uma Atriz.




Mais momentos de bastidores:
A maquiagem de Débora é retocada antes de ela entrar em cena.




La Duarte, com Jandir Ferrari.




Dia 13 de Outubro de 2003: Débora com Patrícia Novaes, Thierry Figueira e Óscar Magrini, na festa de lançamento da novela, no bar Mercearia São Roque, no Jockey Club.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Novelas da Nossa Vida - "Corpo a Corpo"

Recentemente, a revista semanal portuguesa TV 7 Dias dedicou o fascículo "Novelas da Minha Vida" a "Corpo a Corpo", novela da Rede Globo, de 1984/1985, também exibida em Portugal.

Débora fez a capa, ao lado de Flávio Galvão, intérpretes, respectivamente, da antológica Eloá Pellegrini e do misterioso Raul, dito "O Diabo", as personagens que protagonizaram os momentos mais intensos e incitantes da trama de Gilberto Braga.





A dupla personalidade de Teresa (Glória Menezes), a vilania de Lúcia (Joana Fomm), o mistério de Raul (Flávio Galvão) e o amor de Osmar (Antônio Fagundes).



Mais personagens e...


DESTAQUE PARA DÉBORA!



Por fim, a polêmica social provocada pelo tema do racismo abordado na novela.


O Prêmio de Melhor Atriz da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de 1985 foi arrecadado por Débora, pela sua fascinante interpretação como a ambiciosa, determinada e apaixonada Eloá.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Momento de Poesia II


Te habito e escolho
Teu prazer me planta
Te amo como uma santa
Encravada no teu olho


Corta a foice, lâmina curva e muda dos teus lábios
Sangra o silêncio
Dormes...
Eu escrevo

POEMAS DE DÉBORA DUARTE

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nesta data querida...

Neste domingo, 4 de Janeiro de 2009, Débora, linda como sempre, festejou os seus 59 anos, completados no passado dia 2, com um jantar de amigos num restaurante do Leblon, na Cidade Maravilhosa.

Entre os amigos, estiveram presentes as também atrizes Sílvia Pfeifer, Jacqueline Laurence, Cristiana Oliveira, Paula Pereira e Betty Faria e ainda o agente Marcos Montenegro (nas fotografias).

Com cinquenta e nove anos de luz nos palcos da Vida, e praticamente outros tantos nos palcos da Arte, a nossa estrela maior está aí, para continuar brilhando e deslumbrando: Débora Duarte!

Fotos: http://ego.globo.com e http://oglobo.globo.com/cultura/kogut

domingo, 4 de janeiro de 2009

Angelina, Graças a Deus!


Angelina Gattai é uma daquelas personagens imensas, grandiosas e tão humanas e tão belas que só podem ser destinadas a atores geniais. Quando isso acontece, produz-se uma maravilha.
"Uma personagem doadora", nas palavras de Débora, ao contrário de outras que "sugam" o ator e toda a sua experiência de vida.
Pois Angelina doou. E Débora, por sua vez, deu-no-la inteira, perfeita, sublime...



"Anarquistas, Graças a Deus", minissérie produzida pela Rede Globo como adaptação do romance autobiográfico de Zélia Gattai (seu livro de estreia, publicado em 1979), foi escrita por Walter George Durst e dirigida por Walter Avancini, tendo sido exibida, pela primeira vez, de 7 a 17 de Maio de 1984, em oito capítulos, às 22.15h.

Nos papéis principais: Débora Duarte e Ney Latorraca, dando vida, num entendimento perfeito, a Angelina e Ernesto, os pais de Zélia, dois imigrantes italianos que, no início do século XX, se conhecem e se apaixonam em terras brasileiras, tendo como pano de fundo a persecução de um sonho comum: a utopia anarquista.



A força e a beleza do amor de Angelina e Ernesto marcam profundamente todo o desenrolar da história da família Gattai, recordada pela menina Zélia, a mais nova dos cinco filhos do casal.


A família Gattai, da esquerda para a direita: Angelina (Débora Duarte), Ernesto (Ney Latorraca), Tito (Afonso Nigro), Zélia (Daniele Rodrigues), Vera (Cristiane Rando), Vanda (Lilian Vizzachero), Nonno (Gianni Ratto) e Remo (Marcos Frota), com Maria Negra (Zenaide Pereira).


Uma história lindíssima, mágica, emocionante, contada a par e passo com a História do Mundo, magistralmente dirigida, com uma excelente reconstituição da época e interpretações notáveis por parte de todo o elenco fazem de "Anarquistas, Graças a Deus" uma obra-prima incontestável da teledramaturgia brasileira.
E Angelina é, sem dúvida, uma das personagens mais importantes da carreira de Débora e uma das mais queridas pela própria atriz.


Angelina no início da história: o sonho anarquista


Forte, intensa, determinada, apaixonada, dedicada, sensível, profunda, generosa, segura, confiante, lúcida, verdadeira, bela...
Angelina carrega-nos para um mundo de sonho e beleza através da absolutamente fascinante e inequecível interpretação de Débora!










Felizmente, em 2008, a Rede Globo lançou o DVD da minissérie, sendo, pois, possível, hoje em dia, ter acesso a esta obra-prima.


O DVD: à venda!

IMPERDÍVEL!