Sempre diferente e sempre genial em palco, e cada vez mais íntima da peça, Débora mostra um trabalho de composição de personagem primoroso aliado a uma interpretação fulgurante que jorra diretamente na emoção do público e vai esculpindo de forma cada vez mais encantadora a história que é contada, tornando o espetáculo imperdível pela segunda, terceira ou quarta vez.
«(...) E que atriz! Após longa ausência dos palcos cariocas, Débora Duarte volta com um trabalho maravilhoso. Quando sobe a luz e ela entra para "apresentar" os vários personagens da ação, já chega o impacto de uma atriz que sabe o que faz, que o faz muito bem e que abraça a plateia para incorporá-la ao círculo de mágica de seu trabalho.
A criação de Guta é um trabalho de ourivesaria, rica em detalhes e autocrítica, pensada, controlada, que nos apresenta uma patética figura humana que, usando muito bem o texto, consegue reunir em uma só todas as solitárias Gutas interioranas que vivem na cidade grande presas aos valores trazidos de casa.
O texto e a encenação de "Adorável desgraçada" têm grandes qualidades. Mas são, em última análise, a bela moldura para o brilho da atuação de Débora Duarte (...)»
Retirado da crítica de Bárbara Heliodora, no jornal O Globo, 13.11.2009
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