terça-feira, 18 de agosto de 2009

Genial e polêmica!


Camila Karany, ou simplesmente Catucha (Débora Duarte), é uma das filhas de Alberto Karany (Walmor Chagas), dono de uma empresa de cerâmicas, onde ela vem a conhecer o seu grande amor, o escultor Juca Pitanga (Tarcísio Meira), que, vindo do interior pernambucano para o Rio de Janeiro, acaba por aí ficar empregado por intermédio de Roberta (Nívea Maria), irmã de Catucha.

Dona de uma personalidade muito forte e difícil, Catucha, que, logo de caras, implica com o escultor, acaba por se descobrir, afinal, completamente apaixonada por ele. Torna-se sua marchand de arte e tudo faz pelo seu sucesso. Mas terá de enfrentar o amor deste por Vivian (Vera Fischer).
Persistente, Catucha acaba conseguindo que Juca se afaste de Vivian e fique consigo.


Porém, Catucha tem um destino trágico: primeiro, após engravidar, seu filho nasce morto, acabando, por ironia do destino, por adotar o filho de Vivian, resultante de um estupro, para o criar como seu filho e de Juca.
Depois, terá de suportar a ausência do seu amor por dois anos, tempo em que este estará no exterior, sendo que, ao regressar, Juca se vê envolvido como suspeito da morte de Silvana (Bárbara Fazio), mãe de Catucha. Após descobrir que Juca teve um caso com a sua mãe, Catucha enlouquece e é ela própria quem vai denunciá-lo.



"A masturbação de Catucha atingiu os espectadores do horário nobre de terça-feira de Carnaval por tempo suficiente para Débora brilhar, no sétimo mês consecutivo, na pele de um personagem que poucas atrizes de TV sustentariam com coerência
por mais de uma semana."


Catucha, personagem de Débora Duarte na novela "Coração Alado", de Janete Clair, produzida e transmitida pela Rede Globo, no horário das 20 horas, de 11 de Agosto de 1980 a 14 de Março de 1981, é recordada como uma das mais extraordinárias, densas e marcantes intepretações de sempre da história da teledramaturgia brasileira.
Além da genialidade interpretativa, Débora protagonizou, nessa novela, talvez a cena mais polêmica até então da TV brasileira: a famosa cena da masturbação, totalmente inédita em televisão, criada por si e pelo diretor Roberto Talma, e que gerou praticamente um escândalo nacional e, consequentemente, uma série de protestos imediatos dirigidos à Rede Globo...

Em baixo, um artigo da época da Revista VEJA, edição n.º 653, de 11 de Março de 1981, que fala justamente sobre esta cena de três minutos do episódio n.º 171 de "Coração Alado" e de toda a polêmica por ela gerada (clique nas duas imagens para ler o artigo na íntegra).



Fonte: Arquivo VEJA

4 comentários :

Anônimo disse...

Linda, estupenda, inesquecivel e corajosa interpretacao da Debora Duarte numa epoca onde viloes e personagens 'nao simpaticos', 'de personalidades rebeldes e chatos' eram todos iguais: VILOES MESMO!! Mais ainda fazendo uma cena dessas. Foi, como disse um dos criticos da epoca, 'uma verdadeira atuacao 'tour de force', da Debora Duarte. Na novela inteira. PERFEITO. Como, meu Deus, podemos nao mais ver cenas como aquelas reprisadas pela Globo. Aquela cena da Catucha aos berros ans escadarias de sua casa quando vao buscar o menino que nao era seu, FOI IMPAGAVEL!!

Anônimo disse...

nossa eu era muito menina, nao lembro bem, mas deve de ter sido um escandalo. pois naquela epoca o brasil era outro, pois se ate hj FALAR EM MASTURBAÇÃO é tabu, nossa naquela epoca deve de ter sido um escandalo.

Anônimo disse...

Tava aqui buscando saber sobre a novela, meu nome veio por conta dessa personagem... =-)
queria ver mais arquivos de video da novela, mas nao encontro de jeito nenhum...

Anônimo disse...

Débora Duarte é uma atriz fantástica, e Catucha um personagem fortíssimo, pesado, mas a quem Debora soube dar seu natural brilho e força interpretativa. Inesquecível, sonho em rever essa novela.